A operação do empreendimento para a exploração de Gás Natural Liquefeito (GNL) conhecido como Coral Sul, localizado na Bacia do Rovuma, na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, alcançou um marco significativo atingindo 90% de sua capacidade instalada.
O anúncio foi feito pelo ministro dos Recursos Minerais e Energia, Carlos Zacarias, que revelou que o 28º e último carregamento de GNL produzido na plataforma Coral Sul foi concluído na última terça-feira (25). Este empreendimento tem como principais mercados a Europa e a Ásia, incluindo o Médio Oriente.
O ministro Carlos Zacarias enfatizou que este feito é um impulso notável para o crescimento econômico do país, uma vez que os ganhos gerados pela coleta de impostos contribuirão significativamente para a economia nacional.
Ele também destacou a importância de outros empreendimentos relacionados à produção de gás natural em Moçambique, como Pande e Temane, ambos localizados na província meridional de Inhambane, e o Coral Sul FLNG. Além das exportações, parte da produção de gás é utilizada internamente na indústria e na geração de eletricidade, o que fortalece ainda mais a economia do país.
Carlos Zacarias assegurou que o governo de Moçambique continuará a promover a abertura do país ao investimento nacional e estrangeiro na área de energia, reconhecendo o papel fundamental desses investimentos para o desenvolvimento econômico sustentável.
Com base no desempenho sólido da indústria de gás natural e considerando o crescimento constante ao longo dos últimos oito anos, a economia nacional está a caminho de atingir uma taxa de crescimento anual de cerca de sete por cento. Isso representa uma oportunidade significativa para impulsionar o desenvolvimento econômico e melhorar a qualidade de vida da população de Moçambique.
O projeto Coral Sul, localizado na bacia offshore da Rovuma, em Cabo Delgado, é uma parceria entre várias empresas, com a BP comprometendo-se a comprar todo o GNL produzido no FLNG Coral Sul como parte de um contrato de 20 anos. A Eni, com uma participação indireta de 50 por cento através da Eni East Africa, detém uma parcela significativa do projeto, enquanto outras empresas como a Kogas, a Galp, a ENH e a China National Petroleum Corporation (CNPC) também têm participações importantes no empreendimento.
Este progresso notável no setor de GNL representa um marco significativo para Moçambique, posicionando o país como um ator-chave no mercado global de energia e oferecendo perspectivas positivas para o crescimento econômico futuro.