A Fábrica de Explosivos de Moçambique (FEM), o Conselho Municipal e os moradores do bairro da Mafarinha, no Dondo, localizado na província de Sofala, estão em desacordo há mais de três anos sem chegar a um consenso.
A população próxima enfrenta a ameaça iminente de tomar medidas drásticas para desmantelar a fábrica de explosivos. A fábrica, por outro lado, persiste em exigir a evacuação obrigatória dos residentes nas imediações.
O número de famílias afectadas pela fábrica de explosivos é substancial, com mais de trezentas famílias alegando que a fábrica se apoderou ilegalmente das suas terras. Eles afirmam que o local não é adequado para habitação devido aos perigos potenciais que representa.
Conforme narra Abrão Timóteo, um dos moradores, a empresa responsável pelo manuseio dos explosivos iniciou suas operações sem consultar os moradores próximos.
O argumento apresentado é que os moradores da área não foram informados de qualquer compensação que já tivesse sido feita, apesar das afirmações das autoridades em contrário. As ações das autoridades têm sido caracterizadas como destrutivas e colocam os moradores em risco de ameaças constantes.