A Associação Médica de Moçambique chamou a imprensa para responder aos pronunciamentos feitos, pelo Governo, que disse ser ilegal a exigência de remunerações extraordinárias.
Entretanto, os médicos dizem que as medidas do Governo não fazem sentido e, caso continuem a ser intimidados, poderão parar tudo.
“Estranhamos que o mesmo Governo que ontem nos chamou de heróis ache, hoje, que podemos ter um tratamento igual ao dos outros funcionários da função pública. O mesmo Governo que disse que merecíamos 30% do subsídio de risco entende, hoje, que já não merecemos nenhum subsídio. Estranhamos mais ainda que este porta-voz do Conselho de Ministros tenha sido um dos signatários do acordo de 8 de Fevereiro, que acompanhou todo o processo de negociação que culminou com o estabelecimento do mesmo.”
Deste modo, a Associação Médica de Moçambique promete cancelar as suas cedências e exigir que se cumpra o caderno reivindicativo inicial de 28 de Outubro de 2022. “Se os descontos salariais e outras medidas de intimidação, como a delegação de definitivas e a expulsão de médicos com nomeação provisória, se efetivarem, os serviços mínimos serão interrompidos. Nenhum médico voltará ao trabalho. O Governo terá de contratar mais de 1500 médicos para as nossas unidades sanitárias”, prometeu Milton Tatia, presidente da Associação Médica de Moçambique.