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MOÇAMBIQUE: Antigo piloto de F-16 DA FAP liderar missão de treino da União Europeia

O brigadeiro-general João Carlos de Bastos Jorge Gonçalves, antigo piloto de F-16 da Força Aérea Portuguesa (FAP), vai passar a liderar a Missão de Treino da União Europeia em Moçambique (EUTM-MOZ, em inglês), foi hoje divulgado.

De acordo com informação da FAP, o brigadeiro-general João Carlos de Bastos Jorge Gonçalves, de 54 anos, já comandou a Zona Aérea dos Açores e foi diretor das Operações Aéreas do Comando Aéreo. Antes foi piloto instrutor e, entre outras competências, realizou mais de 1.600 horas de voo em aviões F-16 e adquiriu todas as qualificações em F-16A.

O atual comandante desta missão de treino em Moçambique, o também português Rogério Martins de Brito, afirmou em 26 de julho passado que as forças especiais moçambicanas treinadas pela UE para o combate ao “terrorismo” em Cabo Delgado registam no terreno uma prestação “extremamente positiva”.

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“A informação neste momento é extremamente positiva, é diferenciadora, é, de facto, remuneradora para aquilo que é o esforço geral das FADM [Forças Armadas de Defesa de Moçambique] em Cabo Delgado”, afirmou.

Treinados para serem forças de reação rápida (QRF, em inglês) e adaptados aos desafios impostos pela insurgência na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, os elementos daquelas unidades estão dotados de características especiais como elevada mobilidade, prontidão, flexibilidade, interoperabilidade e capacidades de comando e controlo, avançou.

Segundo Martins de Brito, o balanço da atuação das QRF em Cabo Delgado tem sido feito junto da EUTM-MOZ pelo comando das FADM e pelas missões militares da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e do Ruanda, que também combatem os rebeldes naquela província.

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Admitindo que a atuação das unidades em causa tem conhecido “alguns pequenos insucessos”, alertou que a “erradicação do terrorismo” não será conseguida apenas com o recurso às QRF, porque este tipo de dispositivo está talhado para “operações cirúrgicas” e não atua como forças regulares, que estão preparadas para a ocupação de território e patrulhamento de rotina.

O comandante da EUTM-MOZ destacou que as forças especiais moçambicanas estão envolvidas em ações ofensivas contra os rebeldes, num quadro de atuação conjunta com as forças regulares moçambicanas, da SADC e do Ruanda.

“Desde que cheguei, [para chefiar a missão] há dez meses, vejo claras melhorias na coordenação, comando, comunicação, mobilidade e interoperabilidade”, enfatizou, na ocasião, Rogério Martins Brito.

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Com um mandato de dois anos, iniciado em setembro de 2022, a EUTM vai avaliar com as autoridades moçambicanas o futuro da sua presença em Moçambique, até ao final deste ano, mas já formou cerca de 60 instrutores moçambicanos que vão continuar o treino de forças especiais do país, avançou.

Além de proporcionar treino operativo às QRF, a EUTM-MOZ tem também fornecido equipamento de combate aos membros dessas unidades, ultrapassando já 80 milhões de euros o valor do apoio material prestado.

O mandato da EUTM-MOZ prevê a formação de 11 unidades de QRF moçambicanas, sendo que cada uma tem uma composição equivalente a uma companhia militar.

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A atual missão é constituída por um contingente de 117 pessoas, 65 das quais de Portugal, país que também assume o comando da EUTM-MOZ.

A província de Cabo Delgado enfrenta há quase seis anos a insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos, ACLED. (Notícias ao Minuto).

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