O principal partido da oposição em Moçambique, a Renamo, continua a tentar manter a Revolução Democrática (RD), partido formado por dissidentes da Renamo, fora do boletim de voto para as eleições autárquicas marcadas para 11 de Outubro.
A Renamo afirma que o RD ainda não obedeceu a uma instrução do Conselho Constitucional, órgão máximo em matéria de direito constitucional e eleitoral, para alterar o seu símbolo.
O símbolo do RD inclui retratos do primeiro comandante da Renamo, André Matsangaissa, e do seu sucessor, Afonso Dhlakama. O Conselho Constitucional decidiu que o símbolo corria o risco de confundir os eleitores, que poderiam votar no RD acreditando que estavam a votar na Renamo.
Citado na edição desta segunda-feira do boletim independente “Mediafax”, o vice-presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), nomeado pela Renamo, Fernando Mazanga, afirmou que a RD ainda não alterou o símbolo ofensivo.
No entanto, um novo símbolo do RD, que não contém imagens de quaisquer líderes da Renamo, circulou amplamente nas redes sociais, embora aparentemente ainda não tenha sido aprovado pelo Conselho Constitucional.
Quando a CNE se reuniu no sábado, votou a favor de permitir que o RD concorresse às eleições. A votação baseou-se em linhas político-partidárias – os membros da CNE nomeados ou apoiantes do Partido Frelimo no poder – votaram para permitir a candidatura do RD.
Os nomeados pela Renamo e pelo segundo partido da oposição, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), votaram contra.