João Buchili, administrador distrital de Palma, localizado em Cabo Delgado, província do norte de Moçambique, fez um comunicado indicando que a segurança foi totalmente restaurada no distrito. Palma tem estado entre os distritos mais afectados por ataques terroristas.
João Buchili afirmou que o distrito de Palma está protegido contra ameaças terroristas. Os esforços das Forças de Defesa e Segurança centram-se na erradicação permanente de quaisquer vestígios de terrorismo na área.
Durante uma conferência de imprensa realizada na cidade de Pemba, capital de Cabo Delgado, terça-feira, dia 5, o dirigente afirmou que as populações locais já começaram a praticar a agricultura num raio de 30 quilómetros da sede do distrito sem necessidade de qualquer assistência ou protecção. das Forças de Defesa e Segurança. Este não era o caso do ano anterior, devido à insegurança resultante dos ataques que levaram à ocupação da aldeia em 2021.
Segundo o administrador citado pela Lusa, os indivíduos estão a optar por cultivar as suas machambas (ou culturas) nas proximidades das suas aldeias, além de áreas mais remotas. Apesar de esta última estar a cerca de 25 a 30 quilómetros de distância e não ter protecção, as pessoas ainda optam por cultivar ali devido ao nível de segurança existente.
O dirigente fez um apelo à população, com especial enfoque nos jovens, para que reforcem a sua vigilância e denunciem qualquer actividade duvidosa.
Caso se depare com alguma circunstância anormal, é importante alertar as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique, a Força Local e as forças ruandesas. O orador sublinhou que os refletores foram distribuídos aos jovens motociclistas porque muitas vezes são eles que transportam os indivíduos de um local para outro e podem fornecer informações sobre pessoas desconhecidas. O orador estendeu o mesmo pedido aos pescadores.
A província de Cabo Delgado tem sido assolada por ataques violentos há quase seis anos, alguns deles atribuídos à organização extremista conhecida como Estado Islâmico.
Em Julho de 2021, devido ao conflito em curso na região, foi iniciada uma resposta militar. O Ruanda e a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) prestaram apoio no esforço para libertar os distritos circundantes aos projectos de gás. Apesar destes esforços, novas vagas de ataques surgiram nas zonas sul da região e na província vizinha de Nampula.
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), o conflito resultou na deslocação de um milhão de pessoas. Entretanto, o projecto de registo de conflitos, ACLED, registou aproximadamente 4.000 vítimas mortais.
