O Centro de Desenvolvimento de Sistemas de Informação de Finanças de Moçambique (CEDSIF) revelou que a instituição regista mais de 150 ataques cibernéticos altamente perigosos, todos os dias.
“Para dar um exemplo, o CEDSIF é alvo, todos os dias, de pelo menos 150 ataques classificados como críticos. É uma realidade”, avançou o Administrador do CEDSIF, durante o debate sobre Cibersegurança e Privacidade de Dados no Sector Financeiro.
Com isto, João Alguineiro defende investimento a nível de infraestruturas de modo que seus mecanismos possam assegurar a identificação e bloqueio desses ataques. “Deve haver aqui uma abordagem conjunta, sistémica sobre o assunto”.
Para o Administrador é um enorme erro ignorar a ocorrência desses ataques, abordar a matéria de segurança cibernética de forma isolada, e pensar que a segurança é dispendiosa.
A segurança tecnológica dos dados bancários requer investimentos multidimensionais, reconheceu o Presidente do Conselho de Administração dos Aeroportos de Moçambique.
No entanto, Américo Muchanga refere que para se tomarem as acções necessárias à segurança cibernética não se deve esperar pela existência de todos os recursos.
“A transformação digital requer infraestruturas de telecomunicações, serviços digitalizados, dispositivos para o acesso aos serviços e capacidade financeira para pagar por esses serviços, mas não devemos pensar que precisamos de ter todas as condições criadas para podermos começar. Temos de começar com o que temos hoje e produzir as soluções para os nossos problemas”, disse, citado pela TMV.
Por outro lado, referiu que todas acções para garantir a segurança cibernética, através da computação em nuvem, vai carecer de um quadro regulatório estabelecido pelo banco central e Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação.