conecte-se conosco

O que você está a procura?

Economia

SUSTENTA: Será que fomos enganados por mais uma vez ou trata-se de uma guerra política?

Quando em 2017 começou a fase piloto nas províncias da Zambézia e Nampula, a ideia que foi vendida era de que os moçambicanos já poderiam começar a sonhar que dias melhores no sector agrícola e económico do País estavam finalmente relançados. A mídia reportava sucessos mesmo sem ver os frutos concretos no terreno. As fotos sobre o projecto eram fantásticas, assim como, os falsos sorrisos que os camponeses (membros do partidão) mostravam era algo extraordinário.

Nas redacções, escrever sobre a realidade do SUSTENTA era sinônimo de heresia, o repórter era extremamente criticado, havendo até Directores de órgãos de comunicação social que mandavam apagar notícias do site, simplesmente porque “tratava-se de mentira, uma informação inventada, com interesses obscuros (passei por isso)”.

Ainda assim, assistiu-se várias campanhas nas redes sociais, televisões, relatórios triunfalistas, que davam tónica de que Moçambique estava num bom ritmo com a implementação do Projecto SUSTENTA. Os tractores e os insumos agrícolas eram exibidos diariamente, mas mesmo assim, no terreno as pessoas ligadas ao projecto contavam outra narrativa, de que após a entrega do material ninguém via para onde seguiam.

Publicidade. Desce para continuar lendo.

Recentemente, de tanta propaganda vendeu-se a ideia de que cerca de 90% das famílias inquiridas tinham três refeições ou consumiam algum alimento calorifico, uma informação que levantou vários debates e questionamentos. Entretanto, como diz o adágio popular: “a mentira tem pernas curtas”, eis que os recentes desenvolvimentos confirmam a narrativa dos “iluminados e verdadeiros filhos de Moçambique” de que o SUSTENTA era definitivamente uma “grande máfia”, e que os próximos dias, os moçambicanos terão mais concidadãos seus para vilipendiar e caricaturar tal como foi os “coitados das dívidas odiosas”.

Hoje, quase todos se questionam, será que isso tudo que estamos a ouvir e a ler, é verdade? Não será uma guerra política entre alas do partido Frelimo ou do Governo? Mas não, os estudos e as auditorias do Tribunal Administrativo respondem veementemente que “NÃO”, é mais um golpe a que fomos sujeitos. É mais uma dívida que não fizemos, mas seremos obrigados a pagar! Ou seja, o SUSTENTA não sustentou o povo, mas sim, sustentou contas, viagens luxuosas, vidas e sonhos de um grupo de pessoas que um dia planificaram e descobriram a fórmula que os ajudaria a SUSTENTAR seus projectos – usar o nome do ESTADO E DO POVO para enriquecer!!!

Quando o Ministério Público dirá algo sobre isso? Será que teremos que esperar os gringos actuarem para depois começarmos a mexer-se internamente? Ou é mesmo, uma cabala política e anti-presidencialista? 

Publicidade. Desce para continuar lendo.

(Omardine Omar/Integrity Magazine)

Publicidade

Mais Lidas

Outras notícias que podem lhe interessar

Economia

Namaacha, província localizada em Maputo, está a experimentar um notável aumento na produção de frango, e esse crescimento está a desempenhar um papel fundamental...

Economia

O governo moçambicano anunciou recentemente a determinação do preço de referência da castanha de caju para a próxima campanha de comercialização da amêndoa em...

Sociedade

O Presidente da República de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi, lançou um apelo aos cidadãos, especialmente aqueles da região sul do país, para estarem vigilantes...

Mundo

A Floresta Amazônica do Brasil enfrenta uma severa seca que ameaça afectar cerca de 500 mil pessoas até o final do ano, alertou o...

Economia

A África do Sul está a enfrentar uma série de surtos de gripe aviária altamente patogênica (GAAP) dos tipos H5 e H7, com mais...

Economia

A informação foi avançada pelo Governador da Província de Inhambane, Daniel Chapo, no dia 19 de Setembro corrente, em Mapinhane, distrito de Vilankulo, no...

Economia

Moçambique demonstrou interesse em importar o excedente de trigo produzido no Zimbábue. Essa intenção foi comunicada pelo Presidente da República após um encontro com...

Economia

O limite de quantidade de feijão bóer a ser exportado de Moçambique para a Índia foi suspenso até Março de 2024. Isso significa que,...

Publicidade

O conteúdo desta página está protegido.