No distrito de Mandimba, na província de Niassa, Moçambique, treze cidadãos do Malawi estão sob custódia da Polícia da República de Moçambique, acusados de permanência ilegal em território moçambicano. Todos os indivíduos detidos são do sexo masculino e foram pegos usando documentos de identificação pertencentes a cidadãos moçambicanos em troca de pagamento para entrar no país.
Ernesto Manuel, porta-voz da Direção Provincial de Identificação Civil em Niassa, explicou que os bilhetes de identidade utilizados são autênticos e pertencem a treze cidadãos moçambicanos que residem no distrito de Ngaúma, localizado na fronteira com o vizinho Malawi.
No decurso do primeiro interrogatório, os imigrantes, com idades variando entre 18 e 27 anos, admitiram que agiram de forma deliberada e consciente ao utilizar esses documentos falsos na tentativa de viajar para a cidade de Maputo, sem enfrentar restrições, com o objetivo de alcançar a África do Sul, onde esperavam encontrar oportunidades de emprego, tanto formais como informais.
As autoridades continuam a conduzir investigações para determinar o paradeiro dos verdadeiros titulares dos bilhetes de identidade. Segundo Ernesto Manuel, a localização dessas pessoas pode ser crucial para esclarecer o incidente, e não está descartada a possibilidade de detenção e posterior encaminhamento ao Ministério Público dos indivíduos envolvidos.
Este caso ressalta a importância da vigilância e da aplicação rigorosa das leis de imigração para garantir a segurança e a integridade das fronteiras de Moçambique, ao mesmo tempo em que destaca os desafios enfrentados por aqueles que buscam oportunidades em outros países, muitas vezes recorrendo a meios ilegais para alcançar seus objetivos.